Tomada quer Lei de Risco Trabalhista como resultado de consenso
PULAR. O ministro do Trabalho da Nação, Carlos Tomada, adiantou em Salta que está a trabalhar com o sector empresarial e o dos trabalhadores para que haja uma lei sobre o Risco do Trabalho “o resultado do consenso”, e assegurou que a questão do abono salarial estava “fora de questão”.
“Estamos a trabalhar muito com os representantes empresariais e dos trabalhadores, para que possamos ter uma lei de risco laboral que seja fruto do consenso de todos”, disse Tomada, que acrescentou que este consenso implica “ceder, concordar e capacidade de negociar.” .
O ministro fez essas declarações à imprensa de Salta, depois de liderar a cerimônia de abertura do XVII Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Previdência Social, que acontece hoje, em um hotel da cidade de Salta.
“Este é um esforço que todos devemos fazer: trabalhadores, empregadores e Estado, com a convicção de que a lei tem fundamentalmente de proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores”, disse.
Nesse sentido, acrescentou: “Chega de leis que se preocupam mais com a questão financeira do que com o que é realmente a prevenção, não pensando apenas em como se repara o dano, mas em como se evita que ocorra”.
Da mesma forma, Tomada salientou que a questão do chamado abono salarial “foi deixada de fora da discussão” e explicou que “tivemos as rodadas de negociação coletiva durante o primeiro semestre deste ano e definimos os salários para 2008 Vai continuar assim.” e queremos que esses compromissos sejam respeitados”.
“Viemos a esta querida cidade de Salta para participar da abertura do Congresso de Direito do Trabalho, onde especialistas de todo o país e até da América Latina se reúnem para discutir questões do dia do trabalho”, explicou o funcionário.
Ao mesmo tempo, explicou que durante o encontro serão abordados temas como a lei do risco laboral, trabalho infantil e mobilidade de reforma, depois do que considerou “um bom sintoma quando todos concordamos no debate”.
Por outro lado, reiterou que para o governo nacional a luta contra o trabalho ilegal “é de grande importância”, salientou que “lançámos o programa nacional de trabalho registado, porque esta deve ser uma tarefa em que a entrega não é permitido”.
“Devemos todos trabalhar empenhadamente para mudar o comportamento desleixado dos empregadores que não declaram trabalhadores e não lhes dão os direitos que lhes correspondem”, disse, acrescentando que o ministério responsável pela “inspecção” está a reforçar e pretende-se que “falar sobre isso a cada momento”.
“Infelizmente antes tínhamos níveis de quase 50% de trabalho negro e o assunto nem era discutido. Hoje, felizmente, o número caiu para 36% e queremos continuar trabalhando para reduzir um número que ainda é alto”, disse. .
Questionado sobre o desemprego, comentou que a presidente Cristina Fernández de Kirchner “está ciente de que o desemprego foi de 7,8%. com o trabalho do povo”.
Falando da crise financeira mundial, assegurou que desde o governo “estamos acompanhando de perto este processo, como não pode ser de outra forma”, mas esclareceu que “encontra a Argentina felizmente desenvolvendo um programa de crescimento econômico com inclusão social”.
Nesse quadro, resgatou o “forte papel do Estado na definição de políticas públicas, como organizador de mercados, baseado na produção e no trabalho, e não na especulação financeira e nos intermediários, que em outros momentos nos teria deixado terrivelmente expostos a essa crise”.
Por fim, referiu-se à política previdenciária desenhada pelo governo, que “estamos cumprindo passo a passo, e sempre a favor dos aposentados”.
“Aumentamos os salários, incorporamos um milhão e meio de aposentados, promulgamos a lei da opção de aposentadoria gratuita, fortalecemos a ANSES (Administração Nacional da Previdência Social) e agora estamos dando esse passo, que é a possibilidade de lei que a renda dos aposentados se move duas vezes por ano”, disse.
O ministro Tomada foi recebido hoje pelo governador de Salta, Juan Manuel Urtubey, após o que participou da abertura do congresso, organizado pela Associação Argentina de Direito do Trabalho e Previdência Social, que se estenderá até o próximo sábado.
Neste âmbito, serão proferidas diversas conferências pelo Vice-Ministro do Trabalho da Nação, Noemí Rial; e a subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho da Nação, Marta Novick, entre outros palestrantes.