Espanha precisa de 100.000 imigrantes qualificados até 2012
MADRI. O mercado espanhol precisa de 100.000 trabalhadores estrangeiros qualificados até 2012 e 300.000 imigrantes por ano no total apesar da atual crise económica, segundo um relatório apresentado esta quarta-feira em Madrid, que se baseia em dados da ONU, da OCDE e do Banco Central Europeu.
Apesar de a crise económica “reduzir o fluxo migratório a menos de metade em três anos”, com chegadas que oscilam “entre 250.000 e 300.000 novos residentes por ano”, Espanha continuará a precisar deles para preencher postos de trabalho. Mas o relatório insiste que um terço das ofertas de emprego na Espanha são para imigrantes “qualificados”, incluindo aqueles dos “setores de tecnologia, engenharia, consultoria, saúde e técnico”.
A maioria dos cinco milhões de imigrantes na Espanha trabalha nos setores de hotelaria, construção, agricultura e serviços domésticos. Apesar da necessidade de 430 mil trabalhadores qualificados até 2012, o governo espanhol ainda não estuda mecanismos para acelerar o reconhecimento de títulos profissionais para estrangeiros, que dura cerca de dois anos, indicou a secretária de Estado da Imigração, Consuelo Rumí.
O envelhecimento da população espanhola e as baixas taxas de natalidade são a razão pela qual Espanha precisa de mão de obra estrangeira , embora em menor quantidade do que a atual, apesar do abrandamento sofrido pela sua economia, segundo o relatório, publicado pela consultora Etnia Communication. A Espanha passou de receber 500.000 imigrantes em 1996 para 5,22 milhões (11,3%) de uma população total de 46 milhões de pessoas.